A BANALIDADE DO MAL

Há um aspecto denunciador da maldade: a burrice.

  Aprendi a reconhecer um ser maléfico.  

Não é aquele - apenas -  personificado pelo Darth Vader, cuja lembrança da respiração sufocante, ainda causa-me pesadelos e calafrios.

Esse mal (de Arendt, Kafka ou Dostoiévski) é  banal e rotineiro, ele resulta de pequenos atos cotidianos. 

Está no automatismo, muitas vezes justificado para "o bem".

A banalidade do mal é resultado da ausência de refexão.

Storm Thorgerson PARA the mars volta  | DE-LOUSED IN THE COMATORIUM, 2003

"Discussões inúteis, intermináveis, agressivas. 
Gente defendendo as maiores asneiras, e se orgulhando disso.
Pessoas perseguindo e ameaçando as outras.
Um tsunami infinito de informações falsas.
Decisões erradas.
Líderes políticos imbecis.

De uns tempos para cá, parece que o mundo está mergulhando na burrice. E provavelmente esteja mesmo: estudos realizados com dezenas de milhares de pessoas, em vários países, revelam algo inédito e assustador:a inteligência humana começou a cair." 
Revista SUPER INTERESSANTE - Edição 394 - Outubro/2018